sexualidade
Sutil Pornografia Feminina
Quantas vezes você já ouviu ou leu sobre o poder que a pornografia tem sobre os homens?
E quantas vezes você já ouviu sobre o mesmo tema, mas voltado para o público feminino?
Alguns temas parecem ser 'tabus', intocáveis ou ignorados no meio cristão - a pornografia é um deles.
A relação das mulheres com a pornografia, entretanto, não pode ser ignorada. Algumas estatísticas apontam para a extensão e para o poder da pornografia sobre as mulheres. Segundo elas, 9,4 milhões de mulheres acessam sites pornográficos diariamente. Destas, 17% admitem serem viciadas em pornografia e a grande maioria, 70% delas, admitem que acessam pornografia, mas preferem manter segredo.
Este pode ser um assunto vergonhoso, delicado de tratar, mas o fato é que, assim como os homens, muitas mulheres são escravizadas pela pornografia. Sim, as mulheres também lutam contra pecados sexuais.
David Powlison chama a atenção para isso quando diz que “Muito frequentemente, o ensino acerca de pecado sexual considera e foca apenas os conflitos dos homens. Mulheres sedutoras podem ser vistas como fontes de tentação para os homens (roupas provocantes; participação na produção de pornografia; a tentadora no trabalho; a prostituta). Mas as mulheres frequentemente escapam ao radar quando o assunto é a luta contra a luxúria. A luxúria erótica pura é vista como um problema tipicamente masculino. Como diz um ditado comum: “95% dos homens lutam contra a luxúria... e os restantes 5% estão mentindo”. Mas quando aos 100% das mulheres que se sentam em igrejas, seja lutando secretamente, seja secretamente confiantes de que não cairão em tentação?”
Desconsiderar, ignorar ou se omitir de falar sobre a relação das mulheres com a pornografia é altamente prejudicial em pelo menos três sentidos. Em primeiro lugar as mulheres não são advertidas contra esse pecado. Em segundo lugar, mulheres que já estão escravizadas pela pornografia não são confrontadas em seu pecado. E em terceiro lugar, mulheres que se acham envolvidas nesse pecado e querem libertar-se se acham sozinhas e sem apoio, impedidas pela vergonha de confessá-lo a alguém - além de se sentirem ‘imperdoáveis’ por viverem um pecado que nem ao menos é nomeado entre as demais mulheres.
Mas como as estatísticas acima já nos mostraram, esse pecado não é tão raro assim. A procura de mulheres por pornografia tem crescido tanto que não é de hoje que já existe uma indústria pornográfica voltada exclusivamente para ela - conhecida como 'Porn for Women'.
A pornografia feminina possui contornos mais sutis e românticos do que a masculina.
Revistas Adolescentes
Alguns tipos sutis de pornografia que podem fisgar mulheres e escravizá-las são, por exemplo, as revistas femininas adolescentes com suas histórias de aventuras sexuais ou com suas colunas de perguntas e respostas sobre sexo. Muitas mulheres são fisgadas e atraídas pela pornografia e pela imoralidade sexual ainda na adolescência, através de publicações que ensinam e incentivam a imaginação sexual e o autoerotismo.
Revistas Femininas
As revistas femininas adultas com seus guias lacrados de sexo são outra forma de prender muitas mulheres no universo da imoralidade sexual sob o pretexto educativo de fazê-las conseguir alcançar o tão almejado ‘sexo maravilhoso’, ‘tântrico’, ‘intergaláctico’, sei lá.
Literatura Erótica
Outro tipo de pornografia, um pouco menos sutil, é a literatura erótica. Não dá para entrar em uma livraria e ignorar a quantidade de publicações e trilogias que seguem hoje a fórmula de sucesso do 'boom' mundial que foi a trilogia best seller '50 tons de cinza'.
Sem falar na Internet que disponibiliza um mundo de conteúdo pornográfico de toda sorte à distância de apenas um clique.
Mesmo com tanto material à disposição, a pornografia feminina passa despercebido disfarçada por contornos educativos ou românticos, não chamando assim tanta atenção quanto a pornografia ‘tipicamente masculina’. David Powlison diz ainda que “a cultura de romances, novelas e revistas femininas não chama nem um pouco tanta atenção quanto a pornografia masculina. Os homens fazem pornografia. Esse é um problema óbvio. As mulheres fazem romance. É o mesmo tipo de problema, embora seus participantes permaneçam vestidos um pouco mais, e haja um pouquinho mais de história para contar antes de cair na cama.”
Ele ainda frisa que “Versões femininas de pecado romântico-sexual são panos de chão tão sujos quanto as versões masculinas. Jesus Cristo nos chama, a todos, da fantasia, da ilusão e da luxúria, não importa se a terra de fantasia é povoada de corpos nus ou cavaleiros românticos. Jesus Cristo é real.”
E porque devemos fugir da pornografia?
A pornografia domina a mente
A pornografia é um daqueles pecados categorizados como pecados escravizadores. As imagens ou imaginações sexuais impuras ficam gravadas em nossas memórias. Quando menos se percebe sua mente se torna cativa a ele e imagens e lembranças impuras surgem ‘do nada’ e dominam a sua mente.
Rachel Coyle diz que “a pornografia apela para os nossos corações em tantos níveis e o prazer obtido pode ser tão poderoso que, rapidamente, podemos descobrir que estamos dominadas e escravizadas pelos desejos delas.” Devemos manter nossos pensamentos cativos a Cristo - 2 Coríntios 10:5.
Filipenses 4:8 diz: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
A pornografia perverte as expectativas sobre o sexo
A pornografia, por mais sutil que seja a forma em que se apresenta, tem o poder de perverter nossas expectativas e opiniões a respeito de relacionamentos homem-mulher e sobre sexo.
A pornografia muda o propósito para o qual o sexo foi criado
Deus não criou o sexo para entretenimento de terceiros. Sexo é relacionamento, é intimidade, é entre um homem e uma mulher comprometidos diante de Deus.
A pornografia faz o sexo conjugal parecer sem graça, de segunda categoria
Carolyn Mahaney chama atenção para esse fato. “No entanto, se você assistir televisão, for ao cinema ou ler revistas hoje em dia, poderá ficar com a impressão de que as únicas pessoas que estão fazendo sexo (ou “sexo bom”) são aquelas que não são casadas. Quando o sexo conjugal é retratado na mídia popular, parece rotina ou suave demais. A nossa cultura renega o sexo conjugal e, em vez dele, celebra o sexo imoral.”
Por mais que não me aprofunde no assunto, creio ser importante expor francamente e em voz alta que o problema das mulheres com a pornografia existe e é mais comum do que se imagina. É preciso que tal pecado deixe de ser ignorado e seja biblicamente confrontado. É necessário advertir as mulheres para que não se deixem escravizar por ele. É urgente confrontar aquelas que de alguma forma já estão envolvidas. E é vital que se dê a estas mulheres uma palavra de incentivo e de esperança: você não está só e pode ser liberta e purificada de todo e qualquer pecado através da confissão sincera e do recebimento do perdão de Deus.
Carolyn McCulley nos lembra de que “o poder redentor de Cristo para quebrar a servidão do pecado e restaurar o que o pecado consumiu é a única boa nova para as mulheres. Uma vez que o sexo é ideia de Deus e também seu dom para nós, os crentes não devem ter inibição ao falar do assunto”.
Um abraço de uma mulher que, como qualquer outra, precisa estar focada em Cristo para não cair nas sutilezas do pecado,
Renata Veras
Postado originalmente em 26/09/14
4 comentários
Deus seja louvado por esse texto. Os textos bíblicos usados aqui creio que foram soprados pelo Espírito Santo. Alertou.me.
ResponderExcluirAmém! Louvado seja Deus!
ExcluirAbraço grande,
Renata Veras
Este texto querida Renata, é simplesmente abençoador! Vou usar para palestrar sobre este tema atualíssimo.
ResponderExcluirAbraços e sucesso sempre 💛
uau, dificilmente eu ouviria sobre essas verdades na minha igreja. Mulheres sofrem todos os dias as investidas do inimigo das nossas almas, e é muito importante falar sobre esse assunto de imoralidade sexual e pornografia. Infelizmente é uma realidade vigente nos dias atuais. Principalmente da igreja de hoje.
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