por Isa Martins

Se alguém pedisse para você definir o que é ser solteira, o que você diria? Talvez você elaborasse uma boa resposta, usasse uma frase de efeito e até conseguisse convencer as pessoas de que aquilo é o que você realmente pensa sobre estar solteira. Mas e se, ao invés de te perguntar, as pessoas tomassem a sua vida como exemplo, o que será que elas diriam sobre a solteirice baseadas no modo como você se porta?

A verdade é que a maioria das moças cristãs interpreta a solteirice como uma fase na qual a mulher está necessariamente em busca do namoro e consequentemente do casamento. Essa é uma visão, no entanto, bastante equivocada acerca deste período da vida. Estar solteira não é sinônimo de estar à procura. Existem muitas coisas boas e úteis que você pode fazer enquanto está sozinha, e procurar namorado feito louca não deveria fazer parte da sua lista de prioridades. Que tal aproveitar sua solteirice para a glória de Deus?

“O solteiro cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor” – 1Coríntios 7.32

Paulo descreve a solteirice em termos positivos, como um momento único em que podemos nos dedicar a Deus sem tantas preocupações com contingências terrenas. Contrariando o que a cultura tenta nos impor, estar solteira não é algo ruim – ou, pelo menos, não deveria ser. O fato é que fomos ensinadas a ter medo da solidão e estamos o tempo todo buscando preenchimento através de relacionamentos. Nessa busca por encontrar alguém que nos complete, acabamos nos esquecendo que esse alguém já existe. Somente Cristo pode nos satisfazer plenamente, e nenhum relacionamento humano, por melhor que possa ser, poderá preencher o nosso coração da forma que ele preenche. Se você gastar mais tempo conhecendo a Deus ao invés de perder tempo tentando conhecer sua “alma gêmea”, certamente você passará pela solteirice com alegria e terá bem mais sabedoria e prudência na hora de escolher um homem para se relacionar.

Por possuírem pouca ou nenhuma intimidade com Deus, as moças cristãs acabam aderindo aos padrões de relacionamento impostos pelo mundo. Elas morrem de chorar com filmes românticos repletos de relações pecaminosas, desejam namorar com os personagens da malhação, frequentam blogs sobre namoro que em nada edificam. Acabam desenvolvendo gostos medíocres. Quando menos esperam, estão envolvidas com homens que não andam em conformidade com as Escrituras, rejeitando quem possui uma postura mais ponderada e justa diante de Deus.

O namoro que deveria ser encarado como um compromisso sério e uma fase de preparação para o casamento, tornou-se apenas uma versão gospel do que o mundo chama de ficar. A frequência com que muitas moças trocam de namorado é assustadora, o que demonstra o quanto elas estão ansiosas por encontrar satisfação e alegria num rapaz e que Deus não tem sido suficiente em suas vidas. As moças cristãs precisam compreender que há beleza em todas as fases da vida e que apressar as coisas não é o melhor caminho para a verdadeira felicidade. Ao contrário, é um atalho para a decepção e o sofrimento.

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.” – Romanos 12.2



Isa Cavalcante Martins é casada com o pastor Yago, com quem serve a Deus na Igreja Batista Maanaim. É formada em Ciências Sociais e mestranda em Educação pela UFC, escreve na "Coluna da Isa" aqui no blog.


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