Esse é um daqueles temas que está no meu caderninho de pautas há anos e que nunca virou realidade. Hoje, por ocasião do nosso 13o. aniversário de casamento, resolvi ensaiar alguma coisa a respeito

O que você viu nele?

Acho que essa foi uma das perguntas que mais ouvi depois que comecei a namorar com o Valberth. Era também uma das perguntas que me deixava mais desconcertada. Por alguma razão não sabia o que responder. Talvez eu soubesse que a resposta que as pessoas gostariam de ouvir não seria necessariamente a que eu teria para dar.

Quem me conhecia sabia que o Valberth fugia totalmente do padrão de namorado que eu buscava pra mim. Na verdade, ele era exatamente o oposto do que eu compartilhava com minhas amigas sobre o que eu achava que seria o homem dos meus sonhos. Acho que algumas experiências ruins me fizeram procurar algo diferente.

Ele não é um conquistador, um apaixonado e definitivamente não é um cara romântico. Não mesmo. Mas algo nele me cativou completamente.

Dias antes de me casar, uma amiga da faculdade me perguntou se eu realmente achava que o Valberth me amava. Lembro claramente de ter respondido a ela que eu tinha certeza de que ele amava a Deus e que isso era uma garantia de que, mesmo que ele não me amasse, ele cuidaria bem de mim. Ela ficou chocada com a resposta, mas era a mais pura verdade.

O que eu vi no Valberth foi a segurança de alguém que amava a Deus acima de muita coisa, acima até mesmo de mim. Alguém que estava próximo de Deus, que tinha seus planos e seus objetivos alinhados com os interesses de Deus e que, por isso, inevitavelmente me traria para mais perto de Deus também. Vi alguém que me daria alguma segurança por estar seguro em Deus.

Talvez nós não tenhamos a história mais romântica, diferente, arrebatadora do mundo, mas agradeço a Deus por ter colocado o Valberth na minha vida. Nosso amor, compromisso e dependência de Deus tem feito com que Ele tenha cuidado de nós e sustentado nosso casamento de uma forma que paixão nenhuma sustentaria.

Essa semana recebi um e-mail de uma leitora que perguntava o que é mais importante no rapaz pelo qual se está interessada. Que reflita o caráter de Cristo, ou que se esteja apaixonada? Minha resposta foi que o melhor é quando Deus nos abençoa com os dois. Mas que o caráter piedoso e o amor a Deus superam em muito qualquer sentimento apaixonado.

* * *

Deixo pra vocês 12 curiosidades (que acabaram se transformando em mais de 15) sobre o nosso namoro que compartilhei com meus amigos no facebook no dia dos namorados. (A ideia foi tão legal que várias pessoas resolveram copiar e fazer o mesmo.)

1. Valberth só me beijou depois de três meses de namoro (pq eu insisti... por ele, só depois do casamento. Se bem que nem precisei insistir muito... ‪#‎shameonme‬) Hoje celebramos 15 anos desse primeiro beijo.

2. Valberth era conhecido no seminário por uma história de uma tal de Dorothy, a mulher dos sonhos dele: loirinha dos olhos azuis. Foi quase, amor!

3. Eu fui a primeiríssima e única namorada do Valberth (ele tinha 26 anos quando começamos a namorar) ‪#‎exclusivo‬

4. A primeira vez que ele me ligou e me chamou pra sair ele usou a desculpa de que precisava comprar uma gravata e precisava de ajuda. Hã??

5. Ele me pediu em namoro perguntando '"quantos por cento de chances eu tenho?" kkkkk P.s.: Ele disse que quando eu falei "100%" ele sentiu um alívio danado!

6. Nos víamos com frequência no acampamento de iguatu e no seminário, mas só nos conhecemos muuuito tempo depois.

7. Depois de algum tempo ele me contou que no acampamento, toda noite antes de dormir, o amigo seminarista dele chamava: "Ei cara, vamos alí olhar a 'anjinho' antes de dormir pra limpar a vista!" kkkkkkk (amor, agora vc poder limpar sua vista sempre! kkkkk)

8. Já quem me apontou o Valberth pela primeira vez foi um então namorado: "Tá vendo aquele cara alí? A cara do Sérgio Lopes!" kkkk Mas olhando pra trás, é como se ele dissesse: "Tá vendo aquele cara alí? Não vamos ficar juntos e é aquele alí que vai cuidar e ficar com você pro resto da vida." (Depois disso só fui trocar uma palavra com o Valberth uns 4 anos depois)

9. Quando começamos a namorar NINGUÉM achava que daria certo. Só faltou o Papa bater na porta do meu quarto pra saber que história era essa (se passaram 15 anos... :P )

10. Um dia me perguntaram se eu era filha dele (povo sem noção kkkk) Nossa diferença é só de 7 anos.

11. Ele me pediu em noivado no McDonalds (tínhamos acabado de sair de um restaurante bacana... acho que ele não teve coragem durante o jantar e inventou de tomar um sorvete pra ganhar tempo)

12. Ele sempre foi um poeta na época do namoro... Me pediu em casamento com um cartão que dizia: "Quer casar comigo? Se a resposta for sim, olhe pra mim! Se for não, olhe pro chão!"

Acréscimos:

13. Lemos uns 365 livros na época do namoro/noivado (exagerei). Todo encontro era pra ler um capítulo de um livro kkkkkkkkk

14. Por algum tempo fui 'namorada do professor' no seminário. Você acha que ele me emprestava os livros pra matéria? E nem eu queria... ele tinha tanto ciúme dos livros que eu tinha que ler o livro com ele praticamente fechado pra não amassar. ‪#‎deusulive‬

15. Primeiro beijo dia 12 de junho, casamento civil dia 12 de junho, primeira filha dia 12 de junho! Parabéns pra Valentina!

Última e mais importante:

E definitivamente as pessoas tinham razão!
Realmente não daríamos certo... não fosse a maravilhosa graça de Deus e as inesgotáveis misericórdias do Senhor que se renovam diariamente no nosso lar, sustentando as nossas vidas e usando as nossas diferenças para nos fazer crescer e amar como Deus nos ama! Te amo, meu amor! <3 <3

Abraço carinhoso,
Renata Veras.