feminilidade
Por que não devo tudo ao feminismo.
Você deve tudo o que você tem hoje ao feminismo! Quantas vezes você já foi confrontada com essa afirmação? O fato de você estudar, trabalhar e até mesmo está escrevendo ou lendo esse blog... você deve tudo isso ao feminismo.*
Querem nos forçar a ideia de que, como mulheres, devemos tudo a eles. Nossa dignidade, valor, voz, vez, participação, protagonismo, força e direito. O fato é que superestimam o feminismo. Colocam em sua conta feitos dignos de um verdadeiro salvador messiânico.
Sinceramente, não creio ser preciso agradecer por me ‘darem de volta’ o que é meu por natureza, que me foi concedido por Deus e que nunca foi tomado por Ele de mim. (E sim, mesmo nos casos em que outros querem me privar de meus direitos, dignidade e valor não preciso agradecer-lhes por sua luta, pois não creio que suas armas são eficazes e suas soluções verdadeiras. O próprio Deus combate à opressão feminina e as soluções divinas são as únicas suficientes para resolver a questão.)
Não foi o feminismo que me deu humanidade.
Deus me criou à sua imagem e semelhança, em igualdade de dignidade com o homem.
Não foi o feminismo que me deu dignidade
Em tempos da antiguidade oriental, os povos que seguiam os princípios do Deus da Bíblia já sabiam reconhecer as mulheres com a dignidade que lhes era devida. O povo de Deus se destacava das nações vizinhas que, por seguirem seus próprios ideais, tratavam a mulher como qualquer coisa, menos como mulher. Desde os tempos antigos, entre o povo de Deus, as mulheres já tinham vez, tinham voz. Muitas entraram para a história sem que fosse necessário pisar na cabeça dos homens ou ser superior a eles.
Não foi o feminismo não me deu força
Fui criada ouvindo histórias de mulheres fortes, valentes, guerreiras que desafiaram sistemas opressores por amor a Deus e assim fizeram a diferença. Não preciso de figuras desfiguradas que pretenciosamente se fazem de salvadora das mulheres.
Não foi o feminismo que me deu voz
Mesmo em culturas extremamente fechadas, Deus levantou mulheres e fez suas vozes serem ouvidas. Mulheres foram instrumentos de revelação da vontade de Deus segundo a Sua vontade. E as palavras destas mulheres foram escritas e estão eternizadas nas páginas Sagradas das Escrituras.
Não foi o feminismo que me deu direitos sexuais
Deus deu às mulheres seus direitos sexuais. Eles nunca foram negados. Eles sempre foram projetados de forma a dignificar a mulher e a proteger de perdas e danos físicos, emocionais e morais.
Não foi o feminismo que me deu o direito de trabalhar
Deus sempre deu a mulher não apenas o direito, mas o dever de trabalhar duro, de estudar, de explorar as suas potencialidades – assim como deu ao homem. O mandato cultural sempre foi para ambos.
Feminismo não me deu vez
Cristo simplesmente reiterou o ensino do Pai em sua maneira de tratar as mulheres. Ele naturalmente conviveu com elas, conversou com elas, discipulou muitas delas. Teve muitas como parceiras de ministério. Frisou que ambos são valiosos, necessários e úteis. Que ambos são igualmente dignos de participar de seus planos, cada um no lugar que Ele projetou.
Feminismo não me deu protagonismo
As mulheres que tanto nos inspiram nas Escrituras não eram alienadas da realidade política e social do seu tempo. Mulheres notáveis que humilde e piedosamente protagonizaram momentos históricos de conquistas de seu povo.
No fundo, o ‘pacote completo’ de conquistas e vantagens que nos é oferecido tira de nós exatamente o que prometem nos dar: a dignidade, o valor.
O que realmente o feminismo quer me dar, isso eu não quero. Não, obrigada.
Eu não quero o dever de não ser mãe
Eu não quero o direito de matar meus filhos no ventre
Eu não quero o dever de sair de casa
Eu não quero o direito de ter sexo sem compromisso, propósito e sem amor
Eu não quero o dever de me sustentar sozinha
Eu não quero o direito de descartar os homens
E, por fim, não quero ser igual ao homem, exatamente porque fui criada diferente e me alegro em ser MULHER
O que verdadeiramente me tira a dignidade, valor, voz, vez, participação, protagonismo, força e direito é me distanciar do projeto original do Criador.
Os que me tiraram todas essas coisas ironicamente são os mesmo que querem os louros por teoricamente as terem me dado de volta. Sistemas que desprezam a intenção do Criador e que historicamente transformaram a mulher em objeto ou em vítima.
Mulheres não são vítimas inocentes, não são pobres coitadas que historicamente apenas sofrem inescapavelmente. Pensar assim é macular a memória de incríveis mulheres que marcaram a história. Bem como fazer vista grossa para mulheres terríveis que entristeceram o mundo.
Sim, historicamente as mulheres sofrem – isso é consequência clara e direta do pecado no mundo. Mas essa desigualdade não foi pretendida ou projetada pelo criador, foi um ato deliberado da vontade humana. Aquelas nações ou grupos que entenderam isso e resolveram olhar de volta para o projeto original sempre foram os que tiveram a maior chance de serem curados e tratar as mulheres com mais dignidade porque puderam ver a beleza e a bondade por traz do projeto divino para a mulher.
Um abraço,
Renata Veras.
*É fato que muitos direitos sociais e políticos práticos foram conquistados através do tempo, mas isso não me torna devedora. Na história vemos Deus usando mãos ímpias para fazer a Sua vontade. Isso não significa que sejamos necessariamente seus devedores. Sem mencionar o fato de que nem todas as mulheres fortes e ativas que se empenharam em conquistar esses direitos se identificavam com o movimento.
6 comentários
Muito bom!!!Que Deus continue te dando sabedoria e fé para nos agraciar com verdades eternas.
ResponderExcluirDisse tudo. Não me identifico com o feminismo que parece querer dar superpoderes as mulheres, dizendo que não precisamos dos homens e tal. Consequentemente, temos mulheres super atarefadas, estressadas, infelizes e mais suscetíveis a doenças porque aumentam as chances de infartos, AVC, estafa, por causa de toda essa pressão.
ResponderExcluirÉ verdade, Alana Paula. A forma como Deus planejou para que as coisas fossem é sempre a melhor! Bjs, Renata.
ExcluirConcordo com tudo que disse. Sentia falta de ler algo que mostrasse a dignidade da mulher nesse mundo em que as próprias feminista tiram. Não aceito ser devedora do feminismo, tão pouco aceitar como figura de admiração a cantora Anita por exemplo. A mulher descrita hoje é sem dúvidas uma completa idiota. Engolida pelo rancor de um ''chute na bunda'' resolveram ser piores do que os homens. Eu não quero ter que seguir esse plano delas, em que tenho que dançar funk e ter relações sexuais só para mostrar que eu sou uma ''mulher''. Mulher não é isso! Sou jovem e não aceito essa mentira contada pelo mundo. Me orgulho por ser mulher pois meu coração é sensível ao Criador. Eles me faz feliz e sei que tenho nele tudo o que preciso. Ao contrário de outras que procuram em prazer e coisas e não acham. Obrigada pelo texto, me motivou a seguir o que eu acho apesar de serem poucas que pensam assim. No fim é como nadar contra a corrente.
ResponderExcluirOlá, Renata! Sou recém chegada ao blog e tenho gostado muito do conteúdo. Minha mente tem sido aberta para uma nova perspectiva, graças a Deus.
ResponderExcluirTenho uma observação sobre esse texto e gostaria de uma resposta honesta:
É correto que eu, mulher negra, descendente de pessoas que foram escravizadas, me posicione hoje dizendo que não devo nada aos movimentos abolicionistas? É a vontade de Deus que eu despreze pessoas que deram a vida pra que eu não fosse mais uma escrava?
Considero os movimentos abolicionista e feminista como instrumentos de Deus para devolver a dignidade humana. Imperfeitos, visto que são compostos por seres humanos, mas fiquei honestamente triste e confusa com esse posicionamento e agradeceria se você me desse um esclarecimento.
Oi Keila! Muito pertinente o seu comentário.
ExcluirSó é preciso que a gente estabeleça alguns pontos fundamentais.
Você trata de duas questões diferentes em sua argumentação: a abolicionista e a feminista. Não creio que podemos falar das duas coisas juntas.
Tratando especificamente da questão do feminismo há um problema grave no seu raciocínio quando você considera que o feminismo devolve a dignidade humana.
É preciso encarar o feminismo como ele realmente é. Por mais que as questões levantadas pelo movimento me pareçam válidas, isso não valida o movimento por inteiro. Por mais que tenham conseguido alguns direitos civis para a mulher, ele está longe de buscar o seu verdadeiro bem. Uma coisa é levantar questões corretas, outra coisa é a motivação para tais questões e as resposta dadas a elas.
O fundamento do feminismo é um fundamento humanista, existencialista, logo, incapaz de vez a mulher como ela realmente é. Aliás, qualquer movimento que exclui o Criador perde a capacidade de entender a criatura como ela realmente é e, por isso mesmo, está, por um lado, impossibilitado de devolver-lhe a dignidade e, por outro, fadado a desumanizá-la ainda mais.
O espaço não permite me alongar tanto, mas prometo dedicar um espaço para tratar mais adequadamente sua questão. E me ponho à disposição para sempre que precisar.